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segunda-feira, 28 de outubro de 2019




             



                                
                                     
                         
                          Difícil por conversa com apiaba. Ninguém quer ouvir ninguém. Abre a roda tin dô lê, lê. Abre a roda tin dô lá, lá. Marinheiro encosta o barco, que a morena quer embarcar. Yayá, eu não sou daqui, eu não sou dali, eu sou do Pará. Muxima meu, não guenta, dor. A maré que enche e vaza, deixa praia descoberta, Vai-se um amor e vem outro, nunca vi coisa tão certa. Quem me dera tua mão, para dar um aperto nela, para ver se ainda está, como de primeiro era.







                              






                                  

sábado, 19 de outubro de 2019














                                      Quando a nambu canta, tudo começa escurecer é triste a escuridão sertão. Os papagaios passam voando em bando. Alto, voam bem, cantando. Moram nos ocos dos paus. Difícil alcançar seus ninhos.








                                              








                               

domingo, 8 de setembro de 2019






                                    Neste mundo de miséria quem impera é quem é mais folgazão. Quem levou a vida quebrando pedra ou fazendo massa, ou cortando mandacaru pra gado não tem tempo, nem humor para  ser folgazão.

sexta-feira, 6 de setembro de 2019




http://www.online-literature.com/forums/entry.php?10510-A-miragem







                                             Uber, uber me dá teuber, mamar, quero até sair pelos cantos da boca. Não, noné facile.

segunda-feira, 3 de junho de 2019










                      




                                             Enquanto u´a masseira e outra, corria no mato ver o quixó, ver se tinha pegado um preá, um mocó. A caça estava começando a ficar escassa, não se pegava um bicho como antigamente. Bem diziam os antigos. Iria chegar um tempo em que o homem não acharia um animal pra comer, pois se caçava o ano todo sem respeitar a época da reprodução.

terça-feira, 5 de março de 2019














                           Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Epa, epa, esta frase é minha. Quero direitos autorais. O quê rapaz? Sim, isto mesmo que você ouviu, plagiador. De quê você está falando, meu senhor? Estou falando do plágio que você está fazendo de minha música? Qual música, caro amigo? Não me venha botando panos quentes, não, nunca fui seu amigo, nem o conheço. Tampouco, eu, o conheço, mestre. De onde saíste? Que insolente, inda diz que não me conhece. Mas de que está, o senhor, falando mesmo? Eu não já disse, rapaz? Você pegou uma frase de minha música para e colocou no seu livro. Mas, que frase meu, amigo? Se correr o bicho pega. Se ficar o bicho come. Este provérbio? Meu amigo isto é mais velho do que nós dois juntos. O quê? Sim, um provérbio português. Você deve estar brincando comigo. Mas, não é só isto, muita gente já o usou antes do senhor e de mim. Que história é esta agora? Você está querendo dizer que eu é que sou plagiador? Não, senhor, nunca. Nem eu, nem o senhor, somos plagiadores. Eu não lhe disse que isto é um provérbio português? Onde está o plágio?

domingo, 27 de janeiro de 2019











                               

                                   Brumadinho tá todo enroladinho, Vale a pena ver, enroladinho de lama. Vale correr prá ver. O vale correr. Oh, se vale. Tem boi na lama, tem, tem, tem. Tem boi na lama né da conta de ninguém. Tem boi na linha tem, tem, tem, nem que chova canivete, desta vez a Vale paga, meu bem. Ah, meus velhos tempos. Não corria tanta água, nem matava tanta gente.